sábado, 4 de fevereiro de 2012

A solidão

Solidão - etimologia do termo: Só, desacompanhado, solitário, único, próprio. Do latim solus. Solipsismo – doutrina filosófica segundo a qual a única realidade do mundo é o próprio eu.

A solidão é algo inerente à condição humana, é constitutivo do ser. Surge com o nascimento e se esvai com a morte. Ser só é diferente de estar sozinho. Todos somos sós. Estar sozinho é a situação onde o outro não está presente. Ser só é semelhante a ser único. Eu sou um, ele é um, você é um. A solidão criativa não traz sofrimento, ela é uma opção de contato com este nosso aspecto constitutivo. Neste contexto é a expressão da nossa unicidade. Segundo Schopenhauer, "solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais".

Infelizmente, não é assim que a protagonista do curta-metragem “Selo” pensa. Ser só, para ela, significa ter sido abandonada, ter deixado de ser amada, ter sido traída e apunhalada, ter sido esquecida... Ah, a solidão...

A mulher diz, em uma das cenas do curta: Não posso abrir meu guarda-roupa com medo das coisas que ele me deixou. Com medo dos esqueletos que estão guardados lá dentro em algum canto. Quero que o amor morra em mim.”

A solidão está presente na vida de todos nós. Basta sabermos lidar com ela e aprendermos que estar consigo mesmo não é estar só.

Abaixo algumas imagens que estão servindo de referência e inspiração para a linguagem do filme e direção de arte:





Um comentário:

  1. “Não posso abrir meu guarda-roupa com medo das coisas que ele me deixou. Com medo dos esqueletos que estão guardados lá dentro em algum canto. Quero que o amor morra em mim.”
    Lindo! Já passei por isso, mas resolvi tudo de uma forma muito simples: toquei fogo no guarda-roupa. As lembranças, as dores foram todas consumidas pelo fogo e depois disso, tal como a fhoenix, renasci.
    Queimo quantos guarda-roupas forem necessários pra continuar buscando a minha felicidade.

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